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2009-06-17

Twitter: inimigo do estado iraniano...


Do correio até internet o que mudou? Mudou muita coisa, mas principalmente mudou o mundo a volta dos meios de comunicação. Na era da decadência dos jornais cada um vira jornalista.
Num mundo cada vez mais ágil, com cada vez mais câmeras, onde cada ação é registrada num log em algum lugar é surpreendente que o mais marcante desses dias tenha sido a clandestinidade e o jornalismo pessoal.
Todo nerd tem um sonho: dar um passo na dominação mundial. Não definitivamente dominar o mundo como uma espécie de illuminatus ou big brother, mas olhar para algo seu e pensar que aquilo poderia fazer parte do plano. Então os fundadores do Twitter devem estar pulando de alegria. Quando um país fechado e truculento usa a internet, mas mais que isso, usa a plataforma que você criou, ecoa na mente desse nerd: o primeiro passo para a cominação mundial... Hoje em dia ele deve pensar também: Google, me aguarde...
Os engenheiros colocaram câmeras em celulares e revolucionaram o mundo. Deram a capacidade jornalistica a cada testemunha. O modelo frouxo, desregrado, pouco burocrático que é a plataforma internet possibilita que dentro de um regime de censura as pessoas se expressem.
No Irã está uma confusão dos diabos. Será que os iranianos temem as reações mundiais aos loucos atômicos que desmandam no país? Esperemos que sim... Afinal isso evitaria uma guerra nuclear. Mas uma coisa é certa: tem um bando de gente insatisfeita pro lá... Apoiando o lado que for... Os protestantes parecem estar pelo menos insatisfeitos que haja um outro lado insatisfeito com o que eles acham satisfatório.
Não é questão de defender ou recriminar qualquer lado. O século XX foi o primeiro a lutar pela Paz. Quando antes as pessoas pensaram em protestar pela Paz? Em fazer protestos pacíficos? Sempre foi o caso de fazer revoluções? E o século XXI? O que será?
Será possível conter a Google? Será possível conter o MySpace? O Facebook? Será possível conter o Twitter? Será possível conter o PirateBay? Será possível conter a opinião individual?
A internet é uma ferramenta muito genérica. Isso é uma faca de dois gumes. As mesmas características que permitem que os iranianos se organizem para protestar, são as que permitem que pedófilos disseminem material ilegal. O mesmo anonimato que resguarda os protestantes, protege os criminosos.
O Twitter é um elemento de moda, não é uma plataforma com o poder de transformar a utilização da internet como o buscador do Google foi capaz de fazer. Mas quem diria? Essa ferramenta inútil, simples, simplória, quase infantil, foi a ferramenta que permitiu aos iranianos se organizar para protestar.
Foi graças ao poder de uma plataforma usada geralmente de modo tão tolo, que se conseguiu tentar fazer uma das coisas que não deveriam ser negadas ao ser humano: direito de reunião pacífica. Pelo menos isso, já que a liberdade de expressão parece ter sido limitada por lá.
Não existe mágica. Alguém teve de idealizar o Twitter. Alguém teve de produzir a plataforma. Alguém está mantendo. Por mais contraditório que seja existe uma grande base instalada no irã que permite aos internautas de lá se conectarem a plataforma para postarem seus comentários. Enquanto o governo iraniano não puxar o plugue...
O Obama “twitta”, os iranianos “twittam”...Pelo visto só eu não "twitto". Quem iamginou que o Twitter ia dominar o mundo? E fazer frente que os EUA não conseguiram fazer ao Irã?
 

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