Cicatrizes são coisas interessantes. Elas normalmente mostra quando nos demos mal, mas sempre pode se inventar aquela estória de bravura de como a conseguimos.
Mas existe um tipo verdadeiramente épico de cicatriz. Para entender o quão épico é esse tipo é preciso contextualizar.
– Como você ganhou essa cicatriz? – a fulana pergunta.
É claro que você pensa com seus botões que ela disse ganhou porque não foi nos couros dela, mas como perfeito cavalheiro interessado em dar uns pegas nela guarda suas opiniões sobre as construções semânticas da moça para si mesmo. A parte realmente épica é a resposta.:
– Você não vai acreditar se eu contar.
É claro que pode ser a oportunidade para dar uma de durão, de vivido, do quer que seja. Evite as estórias realmente bizarras se for inventar uma mentira... Mas nesse caso você só está sendo mais um sujeito que mente pra pegar mulher. O realmente épico é se for estritamente verdade.
Então vamos logo acabar com as vãs esperanças de quem acha que tem uma história, ou estória, para contar sobre uma cicatriz. Nem se você tiver arrumado a desgraçada laçando uma onça vai ser épica depois dessa. Aqui vai o caso realmente épico:
Um moleque foi atingido por um meteorito e ganhou uma cicatriz na mão por causa do evento. Parece mentira, pode até ser, mas definitivamente redefiniu o principio do “você não vai acreditar mesmo se eu contar”.
Pois é: esse garoto definitivamente vai ser odiado por uma legião de nerds... Ele tem algo que nenhum deles vai ter... E definitivamente a pedrinha do tamanho de uma ervilha é o mais próximo que se vai chegar de ganhar uma lanterna verde...
A galera está zoando um bocado com o fato. A expectativa é que o alemãozinho, Gerrit Blank (Blank? É por isso que a galera duvida das coisas) desenvolva super-poderes num futuro próximo (aqui caberia um daqueles smiles engraçadinhos mas esse blog é śerio demais pra isso). Ele pode não desenvolver super-poderes, mas com certeza tem uma história pra contar que simplesmente não vão acreditar.
Pois o mundo é assim mesmo. Quando você pensa que já viu tudo, mas tudo mesmo, a vida vem assobiando como quem não quer nada lhe acerta com um tacape e berra no seu ouvido: Nem morrendo e nascendo dez vezes você vai ver tudo! Não vai que eu não deixo!
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