Nunca pensei que os Estados Unidos fossem se render a mediocridade. Eles distorceram a contagem. É algo como a guerra do Vietnã, tem gente que acredita que os estados-unidenses ganharam. Então só para deixar bem claro:
E não tem choro, nem vela. Eles não boicotaram, eles competiram com todas as forças. Fazer uma contagem que glorifique resultados de menor peso, é até um desrespeito com os atletas.
E o Brasil... Continuou com o estardalhaço em volta de resultados pequenos. Não adianta chegar na final, e ficar em ultimo na final, é uma posição que levanta dúvidas até da capacidade de chegar lá...
Os grandes campeões mundiais, dados como certo, foram superados... Não só os brasileiros, é bem verdade. Isso é triste? Depende de quanto dos seus neurônios você gasta com patriotismo.
A grandeza olímpica é estar em jogo para ganhar, não importa se contra o
campeão mundial ou o atleta convidado. É estar disposto a lutar mesmo contra a hegemonia, principalmente contra a hegemonia.
Parabéns a Cezar Cielo, o nadador mais rápido da atualidade (certo isso?), um raio dourado dentro da hegemonia do maior atleta dos Jogos Olímpicos da Era Moderna: Michael Phelps. Mas ficar decepcionado com as hegemonias que falharam é tão humanamente mesquinho... É melhor ver uma hegemonia sendo vencida do que mantida. Sinto muito Bernardinho, mas é assim mesmo. Parabéns a Mauren Magi, por sua volta por cima, por ter feito o que não acreditavam. Se havia dúvidas quanto a seleção feminina de voley, elas desapareceram, enquanto a aparente hegemonia do futebol brasileiro foi mais uma vez água abaixo (continue contando as taças CBF, que medalhas que é bom...).
Não fui eu que ganhei nenhuma medalha de ouro, então o mérito não é meu... Por que seria de meu país? Principalmente um país que apóia pouco, ou não apóia o esporte olímpico.
Quem ganhou foi Phelps, foi Nastia, foi Mauri, foi Cielo, foi Isinbaeva, não fui... Não foi meu país ou o país deles. Se os atletas e os espectadores precisam dessa noção de patriotismo, eles que se alimentem com ela. Vou continuar sem nenhuma das belas medalhas chinesas.
Não torço por meu país, torço pela realização olímpica, pela superação individual, pois patriotismo é um motivo de tolos, é algo que alimenta guerras... Foi o patriotismo que fez Hitler marchar europa afora, foi o patriotismo que fez seus soldados fazerem o que fizeram. Foi o patriotismo que impulsionou Napoleão e seus exércitos.
Se foi o patriotismo que impulsionou os chineses é o maquiavélico conceito dos fins justificarem os meios...
Não assisto jogos olímpicos para ver bandeiras, mas para ver humanos. Humanos buscando o espírito olímpico. Não há como dizer, que o campeão olímpico é o melhor do mundo. Ele venceu todos os adversários de todas as épocas? Ele apenas superou a si mesmo. É isso que deve ser buscado numa olímpiada superação, não patriotismo. É não aceitar a superioridade das hegemonias, é na verdade não admití-las, confrontá-las.
Os resultados desses jogos são um retrato muito simples do mundo: No topo estão os que não medem os meios, seja patriotismo, dinheiro, orgulho, qualquer coisa. Os resultados dos representantes chineses representam o que é a China? Talvez... Representam o que é cada chinês? Dificilmente... Representam apenas que dentre todos os competidores os mais qualificados foram os chineses. Cinqüenta e uma medalhas de ouro e jade branco não vão deixar aquele país. Mais da metade do resultado de pódio deles foi firmar-se como campeão olímpico. Apenas sete países conseguiram mais de dez medalhas de ouro.
Só há um campeão olímpico em cada categoria de cada modalidade. Um competidor que não está disposto a lutar por esse lugar, está desrespeitando os que estão ali para fazê-lo. E se só há esse lugar, por que ufanizar o segundo e terceiro? Para alimentar patriotismo? Temo que seja... Não interessa se são dois competidores ou seis bilhões, só o ouro importa. Os índices olímpicos servem para selecionar os aptos, não para qualificar os melhores. Só há três melhores... Só há um campeão olímpico.
Os resultados dessa edição dos Jogos Olímpicos de Verão da Era Moderna são um sinal dos tempos? Representam a hegemonia chinesa em outros setores? Representa a decadência americana? Representa a insuficiência brasileira? Cada um enxergue isso se quiser, mas representa apenas: que houve um atleta que se propôs a ser o atleta desse novo século; que as hegemonias são superáveis; que a superação existe; que a perfeição é o caminho.
Que a Força e o Espírito Olímpico estejam com vocês!
E o Brasil... Continuou com o estardalhaço em volta de resultados pequenos. Não adianta chegar na final, e ficar em ultimo na final, é uma posição que levanta dúvidas até da capacidade de chegar lá...
Os grandes campeões mundiais, dados como certo, foram superados... Não só os brasileiros, é bem verdade
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